quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ame-se primeiro, depois aos outros. Por Andréia Franco



         



                O amor é um dos sentimentos mais sublimes já cultivados pelo ser humano, o amor é uma semente que contagia, que une, que liberta, que aproxima e que separa. Como todo sentimento, o amor nasce, floresce e um dia pode morrer, sim, todos nós um dia morreremos, o amor também morre. Logo, o amor, está acima de todo e qualquer sentimento, porque ele é como a águia, ele morre, mas renasce das cinzas, do nada.  O amor está presente no sorriso, na história, no sonho, no encanto da vida, nas palavras não ditas...
Sonhamos com o amor eterno, quando na verdade eternas são as palavras, não as pessoas. Nascemos, crescremos, procriamos e morremos, eis o mais belo espetáculo da vida, poder errar, acertar, evoluir, aprender com seus próprios erros e ter a oportunidade de reescrever a sua vida, a sua história e o seu destino.
Cada um é dono de seu próprio destino, sua vida presente é resultado do que você foi ontem, da forma como você tratou, se comportou e vivenciou com aqueles que estavam ao seu redor.  Já diziam psicanalistas e psicólogos: “você é aquilo que você atrai”! Você tem o poder de aproximar e afastar as pessoas, tudo depende da forma como você se comporta e do tipo de discurso que você pronuncia para se dirigir ao “outro”. Talvez esse “outro” não passe, pra você, nada mais que uma pedra no seu sapato, mas o fato é que o outro existe e que ele pode influenciar positivamente/negativamente na sua vida. Depende da forma que você o vê e se dirige a ele.
Somos educados para sermos obedientes, submissos, a obedecer regras e normas sociais, mas aprendi que há momentos que é preciso rasgar e romper paradigmas, pois somos nós os únicos donos de nosso próprio destino, cabe somente a nós escolher qual caminho seguir.
Pessoas definem caminhos como bons e maus, assim como pessoas, somos educados a fazer julgamentos alheios e, nem sempre, nos educam para sabermos avaliar e julgar quem realmente somos. Já dizia o ditado: “a vida do vizinho é sempre melhor”, ou seja, quando olhamos para a vida alheia nem sequer observamos que eles, assim como nós, tem problemas, frustrações, motivos e razões para chorar, contas a pagar, etc., eis o fato de apontar o dedo para o próximo ser mais fácil que para nós mesmos.
Nossa cultura machista vem para auto-afirmar ainda mais a noção de que primeiro devemos amar, sermos submissos e servir aos outros. Porém, creio que a maior submissão e servidão do homem/mulher estão em nosso inconsciente, pois a maior escravidão de todos os tempos é a da mente, não a braçal. Pessoas mentalmente dominadas são mais fáceis de manipular, eis o grande dilema do homem/mulher: ser a presa ou a leoa/ o leão. Um grande rebanho de “cordeirinhos” seria um bom “aperitivo” para um leão/uma leoa, daria para o predador “jantar” várias vezes no mês.
Eis o jantar, se bem servido, um bom aperitivo, dá pra saciar a fome do leão/da leoa. Se pessoas deixam de ser a presa, o predador dorme com fome, não se sustenta, eis a necessidade de controle de o predador querer manter a presa sob seu domínio. Pessoas tem a capacidade de decidirem ser a presa ou o leão/a leoa (dominador(a) de sua própria história). Duas representações tão diferentes e tão diversas do homem no seu âmago mais íntimo: a presa e o predador.
Quando querem que coloquemos em nossas cabeças que devemos amar primeiro aos outros, depois a nós, a impressão que temos é que o “eu” (amor próprio) está em terceiro lugar, de que primeiro sacio as necessidades do(s) “outro(s)”, depois a minha. O questionamento que se faz em torno de tal perspectiva é que: se a vida é minha, qual a razão de eu ter que ser submissa e suprir primeiro as necessidades do(s) outro(s), depois a minha. O fato é que o “eu” parece sempre estar em terceiro lugar.
O ponto que estou querendo chegar é dizer que a submissão/servidão é mais uma questão ideológica e cultural, sociedades evoluem, pessoas precisavam evoluir, tanto para o bem quanto para o mal, pois tudo depende do que entendemos como bom e/ou mal. O interessante é tentar observar o quanto isso influencia em nossa vida pessoal/profissional ao longo dos anos, pois acabamos nos reprimindo, tendo dificuldade para nos comunicar com os outros, ocultando nosso real potencial em prol de tal idealismo. Isso me parece mais um jogo para amainar e impor o conformismo e a mesmice ao homem, pois caso você não lute pelo que você de fato queira, outro ocupará a cadeira, o seu espaço e o seu lugar num futuro próximo que você, de fato, nem sequer lutou para conquistar. Já dizia uma professora minha de graduação que não pretendo citar o nome: “se você não luta, é menos um concorrente pra mim no futuro”. Eis o grande motivo da luta desenfreada contra o tempo e contra todos, onde acabamos por acreditar que ser o primeiro é sempre o melhor, mas não, todos nós um dia na vida somos vencedores e fracassados, tudo depende do momento pelo qual passamos, o fato é que, depois de alcançar o sucesso, nem sempre estamos preparados para o fracasso, o que não é anormal, pois é mais fácil para o homem aceitar o sucesso que o seu próprio fracasso, citemos então casos e casos de suicídios.
Pensar que somos seres inferiores a outros seria o mais fiel retrato do autoflagelo, uma vez que nos inferiorizando estamos nos degradando, nos diminuindo. O fato é que cada um é dono de sua própria história e de sua vida, cabe a nós escolher o que de fato fazer com ela.
Por isso, veja a necessidade do: amar-se mais, querer-se mais, de ver você mesmo como o Deus único de sua própria história, seus caminhos é você quem escolhe, você é seu próprio Deus. Temos a grande necessidade de se auto-superar, mas quando falo se auto-superar não quero dizer somente no ramo profissional, mas na evolução de nosso próprio ser.
Portanto, ame-se primeiro, depois aos outros, seja você o Deus único de sua própria história.



Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 30 de setembro de 2015.

Um comentário:

  1. Andreia, você deveria fazer palestras de auto-ajuda;, para juvens,e adultos. Já pensou nisso? Nós somos o que pensamos, e nós escritores somos o que escrevemso. Se temos maturidade suficiente para influenciar as pessoas através do que falamos ou escrevemos é porque aprendemos muito com os sofrimentos que nos foram impostos. E você já aprendeu muito com a vida.

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