segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SAIA DA CAVERNA

Eis que o mundo é uma verdadeira bola gigante cheia de altos e baixos, que pessoas destroem e constroem as coisas, mas, quando se fala em vida, o que há de maior valor para um ser humano que sua própria vida? Nem o dinheiro, nem sua fortuna, nem os melhores médicos poderão te salvar caso tu tenhas perdido a vida, a medicina, o dinheiro e a fortuna nos ajuda a proteger a vida, mas, quando a perdemos, nada salva, acabam-se os sonhos, projetos, expectativas, encantamentos, etc., corações ficam despedaçados e vidas ficam destruídas porque, além de nós, temos nossas famílias, esposos, filhos(as), amigos, colegas de trabalho/escola, etc.
Então, cabe a nós, quando formos tomar certas decisões radicais em nossas vidas, deixarmos de ter a visão egocêntrica do “eu” (individual) e pararmos um pouco para olhar as coisas de um ponto de vista mais coletivo (do quanto isso poderá influenciar nas pessoas que estão ao nosso redor). O mundo não gira somente em torno de nós, o mundo gira em torno de nós e das pessoas que nos cercam.
Somos influenciados por nossos pais, mães, avós, professores, colegas de classe, etc., de tal maneira que cada um contribui um pouco em nossa formação enquanto indivíduos. Então, quando tomamos certas decisões, tais escolhas podem transferir a outros certa carga de: preocupação, negatividade/positividade, carência, etc. Se você faz uma boa escolha, quem te ama aplaude, se você faz uma escolha ruim, dependendo da sua escolha, quem te ama chora. Por isso, ao pensarmos no eu, precisamos, de fato, pensar no nós, porque cada um de nós tem um pai, uma mãe, um amigo, um professor que te acompanhou na sua infância/idade adulta que torce pelo seu sucesso e pelo seu bem e demais pessoas que diretamente/indiretamente podem vir a sofrer em razão das escolhas que você fez/faz.
Pregar o ódio entre os povos é a grande tática usada por líderes não só religiosos, como também políticos, dentre outros, para separar as pessoas. Pessoas desunidas não reivindicam, não criam laços, não se reúnem, não constroem coisas, nem mesmo uma coisa chamada lar.
Já dizia o velho Platão que pessoas, quando se libertam da caverna que elas vivem, jamais retornam. Você acomodado não viaja, não lê, não se esforça, não experimenta, chega a virar escravo de suas próprias escolhas. Veja então quantas coisas você deixa de fazer quando você se deixa dominar por influências/pessoas exteriores a você. É preciso separar o real do não real, o bom do ruim, ponderar os dois lados e saber escolher o mais ideal pra você, mas, quando falamos em ideal pra você, também falamos no ideal/satisfatório para aqueles que tanto nos amam e nos querem bem.
Pessoas dominadas se acomodam na caverna, pessoas libertas preferem a solidão que se tornarem escravos de determinadas escolhas.
Quando o sol acaba vem logo a lua para encantar e clarear a noite, então, pra quem quer, as coisas podem acontecer, tudo só depende da sua vontade, esforço, dedicação, e outros. O dia de amanhã virá para todos, mas, como ele será, depende mais de nós mesmos que dos outros. Costumo dizer que as maiores barreiras para as pessoas concretizarem determinados objetivos estão nelas mesmas, se elas não querem, muito do que poderia acontecer nem sequer passa da primeira fase. O mal/bom de nós seres humanos é que somos idealistas em certas coisas, que sonhamos, nos frustramos, decepcionamos, etc. E, quando certas frustrações vem, acabamos por nos afundar em nossas próprias amarguras acreditando que: “isso só acontece comigo”. Mas, “isso só acontece comigo” não é de verdade porque coisas boas e coisas más acontecem com todos nós.
A verdade é que o bom pode ser mal e que o mal pode ser bom, depende do ponto de vista que o fato é observado. Coisas ruins acontecem porque, de certa forma, há um fator positivo nisso, que é o aprendizado e a experiência nova. Já as coisas boas acontecem porque na vida  também temos momentos bons, alegres, o momento da mais plena felicidade. Mas, como tudo na vida passa, o que é ruim passa e o que é bom também passa.
Quando estamos tristes pensamos que nosso choro representa o quanto somos fracos, mas não, quando choramos liberamos o sentimento ruim que há dentro de nós, eliminamos toxinas e o estresse e, diretamente/indiretamente, nos libertamos de certas emoções e cargas negativas que, aprisionadas, podem causar danos ao nosso corpo.
Então, saia da caverna, e quando eu falo “saia da caverna” não estou dizendo necessariamente que você pode viajar, mudar de cidade, de casa/e outros neste exato momento. Não, nossa libertação vem de nossas escolhas, o lúdico é, poderia dizer, a maior viagem que já fiz, pois ali pude ter contato com experiências jamais vividas e ouvidas. Lá ouço personagens falarem, pássaros criarem uma sinfonia tão perfeita que outros ouvidos talvez não sejam capazes de escutar, consigo me identificar com a feiura e nariz empinado da Maria Joana que mais atrapalha que ajuda, enfim, consigo compreender o mundo que eu vivo a partir do mundo que eu vejo um narrador contar.
Pensadores dizem que não há pior escravidão que a da própria mente, então, você: prefere ser liberto ou escravo?




Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 21 de setembro de 2015





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