domingo, 6 de setembro de 2015

Aprendi...

         Aprendi que o sol nasce para todos. Porém, pra alguns, como dizem, parece nascer quadrado, pois as chances e oportunidades não são iguais para todos...
Aprendi que as pessoas se desgastam demais por coisas fúteis, perdem dinheiro, tempo, energias e, muitas vezes, a própria vida...
Aprendi que o ser é melhor que o ter, mas que o ter é mais valorado que o ser...
Aprendi que trocar acusações é desgastante e não me engrandece nada, antes trocar abraços, beijos no rosto, palavras de afeto e apertos de mão...
Aprendi da necessidade de autocontrole sobre nossa psique e nossas emoções, pois é preciso lembrar o quanto uma “descarga” de insultos, palavrões e ofensas atingem e ferem nosso ego...
Aprendi que lidar com pessoas que emanam esse tipo de discurso é uma necessidade do homem, uma autodefesa...
Aprendi que se nos deixarmos dominar por pessoas negativas seremos não só vítimas, como também pessoas mentalmente perturbadas, com problemas emocionais, psíquicos e depressivos...
Aprendi que não tenho direito de julgar ninguém, porque “quando você aponta o dedo para o outro, três outros apontam para você”...
Aprendi que se eu me deixar dominar por discursos ofensivos vou me autoflagelar, que minha mente vai criando “memórias killers” que vão assassinando e matando minha vida e meu espírito...
Aprendi que a gente vive apressado, apressado, apressado... às vezes é preciso parar, refletir, dar um tempo, deixar que o tempo me dê as respostas que tanto procuro e deixar que as coisas aconteçam naturalmente...
Aprendi que todos nós deveríamos aprender um pouco da psicologia humana e de doenças psicossomáticas para aprendermos a lidar com as diversas descargas de discursos de ódio motivados por diferenças religiosas/preconceito, racismo, etc. que escutamos todos os dias...
Aprendi da nossa necessidade de tentar estabelecer certa harmonia com as pessoas que nos cercam, bem como com nossas próprias emoções e pensamentos...
Aprendi que o ser humano tem uma grande dificuldade de reconhecer o quanto ele é frágil, às vezes mesquinho, desleal, submisso/dominador, etc...
Aprendi que na vida há uma balança que precisa ser ponderada, de que de toda relação é possível extrair coisas boas e ruins, são dois pesos, duas medidas, é preciso ponderar palavras e decisões...
Aprendi da importância de nos amarmos mais e de chorarmos menos, de o quanto isso influencia na nossa vida e na nossa história...
Aprendi que o ser humano é como uma caixinha de presentes, ele pode nos surpreender tanto para o bem quanto para o mal...
Aprendi que nem todo rico vive em paz e que nem todo pobre sonha em ser rico...
Aprendi  que estar em paz, muitas vezes, é mais importante que o próprio dinheiro, porque, de fato, se não conseguimos administrar nossas próprias emoções como poderemos estar psicologicamente saudável pra ganhar dinheiro?
Aprendi que a paz de espírito pode ser o melhor remédio para curar nossas feridas, mágoas, tristezas e frustrações...
 Aprendi que a paz não é algo pra se declamar da boca pra fora, que há pessoas que vivem pregando e falando de paz quando, na verdade, seu espírito e sua alma estão em guerra, que é um corpo em contradição que prega coisas que nem ele mesmo vivencia...
                Aprendi que não há paz sem guerra e que não há guerra sem paz, de que o homem é um ser em evolução, que seu humor e estado de espírito varia...
Aprendi da necessidade de reconhecer minha pequenez frente a grandiosidade do mundo e de reconhecer minha grandiosidade frente a pequenez do mundo...
Aprendi  que passado é passado, que não devo me culpar por coisas/palavras ditas sem pensar, que o que passou passou, que a necessidade de eu me libertar de coisas/memórias ruins só demonstram que eu tenho amor próprio, que coisas ruins e boas acontecem com todos nós...
Aprendi a aprender que não sou menor/melhor que ninguém,               que a regra do “cada um colhe aquilo que planta” seria justa se todos nós tivéssemos as mesmas oportunidades, que é mais fácil julgar e apontar o dedo para o outro que para nós mesmos...
                Aprendi que se as pessoas olhassem para si mesmas com um olhar mais clínico que seriam mais capazes de se auto-superar, que lutariam mais em prol de seus próprios objetivos e que seu voo poderia ser mais alto...
Aprendi que a maior barreira para a realização de nossos planos/objetivos está em nós mesmos, que afirmações negativas atrai coisas negativas, que afirmações positivas atrai coisas positivas, de que é preciso treinar e administrar o nosso subconsciente para uma linha mais positivista...
Aprendi que não devo me culpar pelo que não aconteceu, que coisas boas e ruins acontecem porque existe uma coisas chamada destino. Porém, nem sempre o destino parece ser justo conosco, às vezes ele nos crucifica, machuca e, também, se encarrega de cicatrizar as feridas e marcas deixadas com o tempo...
Aprendi que amor próprio é coisa que não se compra, que chega um dia que precisamos treinar nossa psique para nos amar mais que aos outros, que só assim será possível bloquear os efeitos que discursos negativos (coisas exteriores a nós) exercem sobre nossa psique, na tentativa de harmonizar e estar em paz com nosso espírito...
                Aprendi da necessidade de estar em paz consigo mesmo, que atraímos aquilo que exteriorizamos, que discursos de ódio e desprezo fazem proliferar o ódio e o desprezo, que discursos de amor fazem proliferar o amor nos quatro cantos do mundo...
Aprendi que corações são como lagoas, precisam ser acalentados para que não represem e que fluam no seu curso normal...
Então, vamos espalhar mais amor, libertar-se da culpa do que você fez e/ou deixou de fazer... o tempo é o agora, é preciso correr, corra, se tropeçar, se levante, erga a cabeça e siga em frente, sem olhar para trás...
Eu me amo... eu me amo... eu me amo...

Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 06 de setembro de 2015.


Um comentário:

  1. Esse é o tamanho de você. Coerente, concisa, focada na sua grandeza como pessoa saída da adolescência, juventude e buscando a sua vida adulta. Você, agora, é o resultado de todos os seus erros e acertos colocados na balança de sua existência atual. Se se inclina para bem é porque aprendeu com os próprios erros. Nós não temos a obrigação de sermos cem por cento bons. Temos sim a obrigação de lutarmos contra nossas más inclinações a todo instante e toda hora. Assim, seremos bons, um dia. Você caminha numa direção certa em busca da luz. Não é atoa que gosto de você, minha grande amiga, Andreia Franco.

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