domingo, 25 de outubro de 2015

Como lidar com pessoas altamente negativas, por Andréia Franco



Imagem retirada do site: http://www.proativarh.com.br/blog/?tag=relacionamento


 
Resolvi escrever esse texto hoje com base em minha experiência de mundo, falo isso porque ao longo de nossas vidas pessoas vem e vão, são passageiras, e acabamos por ter que administrar nossa relação com o outro, porque o outro existe e precisa ser reconhecido como tal.

Vamos entender primeiro que o homem, além de homem, é também um animal, e que por isso ele age por instinto, de maneira que há diversas maneiras de manifestarmos esse nosso outro lado, como, por exemplo, em situações de extrema tensão, de raiva, da traição do par/amigo ou companheiro, etc.

Somos pessoas diferentes e, por isso, agimos de maneiras diferentes mediante as mais diversas situações e, também, temos histórias de vida diferentes, falo isso em se tratando de frustrações, problemas saúde, dificuldades em lidar com problemas, histórico de vida, de saúde e mental, etc.

Então, vamos lá, precisamos entender que cada ser é único e particular, uma vez que todos nós, ao longo de nossa história, carregamos certa bagagem onde estão guardados nossos segredos mais ocultos, mais secretos, aqueles que raramente partilhamos com outras pessoas porque são unicamente nossos e de mais ninguém.

Para aprendermos a lidar com os outros, primeiro, precisamos aprender a lidar com nós mesmos, a administrar nossas emoções, pensamentos, problemas, frustrações, etc. É mais que lógico que quando estamos psicologicamente frágeis influências negativas agem mais facilmente em nosso subconsciente, causando-nos danos muitas vezes irreversíveis.

Pensar em lidar com pessoas externas a nós caminha para os liames da psicologia, psicoterapia e psiquiatria, e outros. Vamos entender que toda a bagagem que carregamos ao longo de nossa vida tem-nos trazido sensações de angústia, temor, insatisfação, medo, etc., de maneira que o acúmulo de tais sentimentos, em algumas vezes, acabam por desencadear problemas que agridem e matam o que temos de melhor, como nosso sorriso, nossa esperança, nossa liberdade, e outros, e podem ser descritos, conforme as áreas acima descritas, como doenças como a síndrome do pânico, a esquizofrenia, transtornos relacionados ao excesso de ansiedade, depressão, etc.

A partir disso, vamos observar que há muitos de nós que por não admitirmos nossos problemas físicos e emocionais, acabamos por não tratá-los, o que ao longo dos anos pode causar uma série de problemas decorrentes disso, tais como o desenvolvimento de problemas maiores e mais difíceis de serem revertidos.

Ao entendermos que uma pessoa altamente negativa é, em parte das vezes, uma pessoa frustrada, medrosa, doente ou com algum tipo de distúrbio psiquiátrico, vamos entender que ele precisa mais da nossa compreensão que do nosso julgamento. Somos aquilo que refletimos em torno de nós, temos dificuldades em reconhecermos nossos fracassos e frustrações.

Agora que compreendemos que pessoas altamente negativas podem ser pessoas psicologicamente doentes, é preciso observar que você, de vítima, para lidar mais facilmente com tais pessoas, terá que amadurecer com isso e formar uma visão mais analítica sobre os fatos, e quando eu falo em formar uma visão mais analítica sobre os fatos eu estou querendo dizer que você terá que sair da sua zona de conforto para estudar sobre o tema. Sim, vamos estudar um pouco sobre a psicopatia, sociopatia, esquizofrenia, síndrome do pânico, etc, para que você consiga detectar, pela forma que o seu/sua parceira age com você, se o comportamento dele(a) tem algo relacionado com tais transtornos. Agindo de tal maneira, você chegará ao entendimento de que tudo de ruim que você está vivendo, psicologicamente e interiormente, poderá estar relacionado a tais problemas do(a) parceiro(a), o que te facilitará administrar a sua relação com quem está ao seu lado.  Deixemos a timidez de lado, vamos pesquisar, lembrando que no YouTube e na internet há muitas palestras, documentários e textos sobre o tema. Estudar como agem pessoas altamente manipuladoras é um bom caminho.

Enquanto você estuda um pouco sobre o tema é preciso você, a vítima, encontrar meios e formas para digamos “blindar” os efeitos dos discursos pronunciados pelo outro sobre a sua mente. Sim, você terá que administrar sua mente para não sofrer mais com isso, ou pelo menos amenizar os efeitos dos discursos que o outro lança sobre você, discursos esses que tem a função nada menos que fazê-lo se sentir menor, incapaz, insuficiente, etc. Na internet e no YouTube é possível encontrar bons materiais de profissionais da área, como de Louise Ray, Augusto Cury, etc. Há muitas músicas relaxantes e seções de relaxamento, bem como terapias via YouTube que também nos ajudam a estabilizar nosso emocional.

Agora, partiremos para o próximo passo. Vamos entender que a negação nega a afirmação, ou seja, uma pessoa altamente negativa, ou até mesmo dominador(a) /manipulador(a), ela vai negar as suas reais potencialidades e, ainda, vai tentar internalizar isso no seu subconsciente, a ponto de o seu corpo reconhecer isso, como: “eu não sou capaz”, “eu não consigo”, “não vai dar certo”, etc. Noutros termos, com a internalização de tais discursos em seu subconsciente, você ficará psicologicamente frágil e se sentindo incapaz de agir. Eis o abraço de um(a)  parceiro(a)  extremamente dominador, fazer você acreditar que você não é suficientemente capaz de viver sem ele/ela.

Em determinadas relações, é possível perceber que há uma questão de superego também envolvida, um(a) parceiro(a) negativista ou dominador(a) tenderá a afirmar seu próprio potencial e a negar o do outro, isso significa que ele(a) poderá dizer o quanto a história de vida dele(a) é suficientemente boa e, a sua, é miserável e insignificante, de que por isso você depende dele(a). Então, é possível perceber que a negação do seu potencial é, nada mais, que um jogo do(a) parceiro(a) que quer manter o controle da situação. Se tem uma coisa que aprendi é que quando você entra numa relação a dois você precisa ter os olhos de um observador, sim, deixe a pessoa se mostrar quem ela/ele realmente é, daí após você ter uma radiografia de quem/como ele(a) realmente é, você poderá avaliar se quer permanecer ou não na relação.

Após você estudar sobre o tema, perceberá que cada palavra pronunciada pelo outro nada mais é que um jogo, sim, um jogo que destrói os seus sonhos e que aniquila a sua alma. O(a) parceiro(a) dominador(a)  fragiliza sua condição psicológica para que você não seja capaz de sair da relação. E, ainda, faz você acreditar não conseguir viver sem ele e não ser auto-suficiente para viver sozinho(a) e liberto(a).

Eis o jogo maquiavélico, a vítima se sente, por sua vez, indefesa e frágil, incapaz de agir, porque o seu subconsciente nega o seu real potencial, fazendo você acreditar que, de fato, não é nem nunca foi capaz. Enquanto você vai caindo nesse jogo, seu próprio corpo vai se autodestruindo, seu corpo começa criar memórias killers que destroem, aniquilam e fuzilam tudo o que há de bom dentro de você.

Porém, tudo não passa de um jogo e, como num jogo, você precisa vencer e se auto-superar, buscando meios e formas de lidar com o problema, porque você precisa deixar de ser meramente uma vítima, precisa administrar a sua relação com o outro, de maneira que isso não lhe roube tudo o que você tem de bom dentro de você.

Deixo aqui, grandes amigos, o relato dessa minha experiência, para que pessoas que um dia passaram pela mesma situação consigam driblar os efeitos dos discursos negativos externos a nós exercem em nosso corpo e em nossa mente.

Deixe de ser a presa, seja a leoa...



Obrigada pela visita



Andréia Franco

Aparecida de Goiânia, 25/10/2015.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

MULHER, CONTE-NOS A SUA HISTÓRIA.



Imagem do site: http://red-sonja-sher.blogspot.com.br/2013/05/mulher-guerreira.html

Venho aqui hoje escrever este texto na intenção de estimular nossas mulheres dos quatro cantos do mundo e de todas as cores a contarem sua história e sua experiência de vida, frisando a importância de tal feito.
Vamos entender que o mundo dos seres humanos é composto por homens e mulheres, de que em toda relação, seja ela animal ou humana, há seres com genes mais predominantes a serem dominados e outros a serem dominadores. Temos então aí a relação dominador/dominado, manipulador/manipulado, etc.
Dessa relação, vamos extrair a sua seiva, ou seja, o que ela tem de melhor. Toda sociedade tem sua história, seja ela marcada por sangue, lágrimas, alegrias, sorrisos, etc, pois assim é a vida, marcada por momentos que vem e que vão porque, de fato, a vida não para, o tempo não para, o movimento da vida permanece até o dia da nossa morte. Enquanto alguns nascem, outros morrem, e assim os ciclos começam para alguns e terminam para outros.
É importante frisar a relevância do papel da mulher para as mais diversas sociedades, porque, de fato, se o mundo evoluiu, ela também participou e fez parte dessa evolução. Digo isso porque, por razões culturais, sociais ou ideológicas, a mulher, normalmente, é observada sempre em termos “diminutivos”, pois as leis, na maioria das vezes, contribuem para que ela continue a ser reprimida, calada, explorada, etc.
Eis o ponto a que estou querendo chegar, é que tudo isso acontece, mas há um fator determinante para que isso continue a acontecer ao longo dos tempos, é que as mulheres geralmente se calam, de maneira que isso faz permanecer a ideia de que os crimes cometidos contra as mulheres continuarão sempre em pune.
Preciso frisar aqui que cada uma de nós sabemos de nossa realidade e de nossas condições, mas o fato é que há sociedades que evoluíram mais ao longo dos anos e outras menos. Porém, a lógica disso tudo é entender o papel fundamental da mulher dentro de uma sociedade e que, caso ela continue se calando, nada vai mudar.
Hoje em dia temos vários meios de expressar nossa opinião, seja por meio da internet (blogs, sites, denúncias via e-mail para instituições nacionais e internacionais (como a ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS-ONU, que cuidam para que os DIREITOS UNIVERSAIS DA MULHER sejam cumpridos)), jornais, manifestações, eventos, panfletos informativos, obras literárias ou de artes em geral, reivindicações para que as mulheres ocupem também cargos públicos e outros, enfim, cada sociedade é uma sociedade, com histórias e experiências diferentes.
Na corda bamba entre o viver ou morrer / ganhar ou perder, é preciso apelar para as esferas civis e criminais possíveis para a manutenção de tais direitos. O fato é que, como diz o velho ditado: “quando a presa se a arma, o predador dorme com fome”. Ou seja, se a mulher se armar, também de informação, para a garantia de seus direitos, ela contribuirá, passo a passo, para que mudanças aconteçam em seu meio social e cultural.
Tal ponto é relevante frisar, já que mudanças numa determinada cultura/sociedade só acontecem com o envolvimento de determinadas células que começam a se manifestar e a opinar. Uma sociedade é o resultado de toda uma série de lutas e batalhas tanto de um grupo/classe ou de outro, falo isso tanto na relação homem/mulher, quanto empresarial, profissional, de categorias, cargos e salários, etc.
Mulher, saiba que igual a tu não há ninguém capaz de ser, manifeste-se, seja na poesia, nas artes, desenvolva seu espírito científico e questione, sim, questione  seus direitos na tentativa de fazer com que sejam devidamente cumpridos e reconhecidos em lei. Manifeste-se nem que seja anonimamente e conte-nos o seu relato.
Precisamos entender que cada experiência de vida é única, que cada um de nós, na verdade, somos únicos nessa terra. Pessoas só conhecerão nossa história se nós, de fato, a contarmos, relatarmos e deixarmos ela por escrito para que pessoas conheçam um pouco da nossa cultura, do quanto ela pode ser pitoresca e, mesmo assim, tão relevante para o restante do mundo.
Sociedades só mudam se essa mudança partir, em primeiro lugar, de nós mesmos. Talvez não vivamos o suficiente para conhecermos a sociedade que chamamos “do futuro”, mas vamos entender que essa é a sociedade que habitará nossos filhos, netos, bisnetos, etc. Seja uma célula atuante em seu país e tenha, quem sabe, seu nome gravado nos livros de história e de memória cultural, seja única e eterna, eternize seu nome na história do seu país.
Vamos entender que na história da humanidade sempre houve sangue, choro, lágrimas e sorrisos estampadas na luta social e cultural de um país. Então, se é para haver o derramamento de sangue de muitas/os de nós, que seja então para melhorias sociais e culturais de onde vivemos.
Deixo aqui este singelo texto, não só como escritora, mas também como mulher, a fim de estimular nossas mulheres dos quatro cantos do mundo a nos contarem o seu relato e a sua história, bem como a denunciarem os mais diversos abusos sofridos para que as entidades nacionais e internacionais garantam a sua segurança e os seus direitos em lei.

Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 16/10/2015.

domingo, 11 de outubro de 2015

MULHER, LIBERTE-SE DA CULPA. TEXTO DE ANDRÉIA FRANCO.




Quando falo da necessidade de autolibertação da sensação de culpa, mais especificamente da mulher, venho tratar desse tema porque somos educados a acreditar que somos sempre as culpadas por alguma coisa.
Veja que culpar o outro por erros que nós mesmos cometemos é o mesmo que não reconhecer o quanto não temos maturidade o suficiente para reconhecer nossos erros e acertos, é bem mais fácil dizer: “a culpa é sua”, que dizer: “eu errei”. A vida é feita de erros e acertos, todos nós um dia erramos ou acertamos, costumamos nos enaltecer quando acertamos, e nos calar/fechar para o mundo quando erramos.  
A necessidade de controle sobre a mulher vem enquanto uma própria autodefesa do homem ao “legislar” em sua própria causa, é uma questão nada menos que sobrevivência, pessoas dominam e são dominadas, precisam manter controle sobre o outro a fim de garantir o futuro da sua espécie.
A mulher carrega ao longo de sua história a sensação de culpa, a começar pela estória de Adão e Eva, onde a mulher é apontada como a culpada por ter comido a maçã e pelo pecado mortal da carne, cujo conto nada mais é que uma criação dos homens para os homens, pois quem produz, imprime, divulga e vende é o homem.
Sobre essa relação homem/mulher, o fato é que a mulher é um ser esplêndido, chega a ser poético, pois só ela é capaz de gerar dentro de si outro ser, de maneira que suas capacidades/habilidades estão mais ligadas aos cuidados que somente ela é capaz de dar/e fazer pelas pessoas que a rodeiam.
Nossa capacidade vai além do doméstico (das obrigações do lar), há mulheres e mulheres, o fato é que cada uma delas, de modo especial, tem importante papel na formação da sociedade.  Venho tocar nesse tema por considerar o quão importante é que a mulher se manifeste em determinadas situações, o fato é que sociedades são construídas com centenas e centenas de anos de luta. É preciso reconhecer o papel da mulher na construção dessa sociedade, falo isso da necessidade de a mulher se manifestar mais nas artes, na política, etc.,  a buscar se profissionalizar e, com isso, se libertar da condição de dependente para serem as administradoras de seu próprio destino.
Como diz o velho ditado: “água mole pedra dura, tanto bate até que fura”. Noutros termos, a mulher precisa deixar sua marca, sua presença marcada na história da humanidade, sejam elas tristes ou alegres, o fato é que grandes acontecimentos só ocorrem porque houve células pequenas se manifestando, a presença do inconformismo faz, em si, sucumbir o desejo por mudanças, e tais mudanças precisam ser organizadas. Uma mulher pode não passar de uma ovelhinha despercebida dentro de uma multidão, mas imagina muitas mulheres, elas juntas podem formar sua própria multidão e lutarem juntas pelas mudanças sociais e ideológicas que tanto desejam.
Vejo a libertação da culpa como uma frutífera forma para o despertar do espírito libertador, pois o autoflagelo nada mais é que o assassinato de nossa própria identidade. Sim, quando nos autoculpamos e nos autocrucificamos acabamos por nos deixar dominar pelo medo, pela sensação de incapacidade e de temor frente ao desconhecido. Acabamos por construir nossa própria caverna, nos isolando do mundo e dos outros.
A única certeza que tenho disso tudo é que a vida é, em si, uma guerra, onde perdemos e ganhamos, choramos e sorrimos, nos surpreendemos e nos decepcionamos, etc... eis o palco mais esplêndido do mundo: viver ou morrer, lutar, sonhar e ir em busca de um futuro melhor. Então, no palco da vida, é preciso reconhecer que tudo isso faz parte de nossa existência, de que a força é exaltada por excelência, de que a fraqueza é, nada mais, um sinal de que todos nós estamos sujeitos ao fracasso.
Então, mulher, liberte-se da culpa, liberte-se de tudo que a aprisiona, não seja prisioneira, seja liberta.


Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 11/10/2015.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ame-se primeiro, depois aos outros. Por Andréia Franco



         



                O amor é um dos sentimentos mais sublimes já cultivados pelo ser humano, o amor é uma semente que contagia, que une, que liberta, que aproxima e que separa. Como todo sentimento, o amor nasce, floresce e um dia pode morrer, sim, todos nós um dia morreremos, o amor também morre. Logo, o amor, está acima de todo e qualquer sentimento, porque ele é como a águia, ele morre, mas renasce das cinzas, do nada.  O amor está presente no sorriso, na história, no sonho, no encanto da vida, nas palavras não ditas...
Sonhamos com o amor eterno, quando na verdade eternas são as palavras, não as pessoas. Nascemos, crescremos, procriamos e morremos, eis o mais belo espetáculo da vida, poder errar, acertar, evoluir, aprender com seus próprios erros e ter a oportunidade de reescrever a sua vida, a sua história e o seu destino.
Cada um é dono de seu próprio destino, sua vida presente é resultado do que você foi ontem, da forma como você tratou, se comportou e vivenciou com aqueles que estavam ao seu redor.  Já diziam psicanalistas e psicólogos: “você é aquilo que você atrai”! Você tem o poder de aproximar e afastar as pessoas, tudo depende da forma como você se comporta e do tipo de discurso que você pronuncia para se dirigir ao “outro”. Talvez esse “outro” não passe, pra você, nada mais que uma pedra no seu sapato, mas o fato é que o outro existe e que ele pode influenciar positivamente/negativamente na sua vida. Depende da forma que você o vê e se dirige a ele.
Somos educados para sermos obedientes, submissos, a obedecer regras e normas sociais, mas aprendi que há momentos que é preciso rasgar e romper paradigmas, pois somos nós os únicos donos de nosso próprio destino, cabe somente a nós escolher qual caminho seguir.
Pessoas definem caminhos como bons e maus, assim como pessoas, somos educados a fazer julgamentos alheios e, nem sempre, nos educam para sabermos avaliar e julgar quem realmente somos. Já dizia o ditado: “a vida do vizinho é sempre melhor”, ou seja, quando olhamos para a vida alheia nem sequer observamos que eles, assim como nós, tem problemas, frustrações, motivos e razões para chorar, contas a pagar, etc., eis o fato de apontar o dedo para o próximo ser mais fácil que para nós mesmos.
Nossa cultura machista vem para auto-afirmar ainda mais a noção de que primeiro devemos amar, sermos submissos e servir aos outros. Porém, creio que a maior submissão e servidão do homem/mulher estão em nosso inconsciente, pois a maior escravidão de todos os tempos é a da mente, não a braçal. Pessoas mentalmente dominadas são mais fáceis de manipular, eis o grande dilema do homem/mulher: ser a presa ou a leoa/ o leão. Um grande rebanho de “cordeirinhos” seria um bom “aperitivo” para um leão/uma leoa, daria para o predador “jantar” várias vezes no mês.
Eis o jantar, se bem servido, um bom aperitivo, dá pra saciar a fome do leão/da leoa. Se pessoas deixam de ser a presa, o predador dorme com fome, não se sustenta, eis a necessidade de controle de o predador querer manter a presa sob seu domínio. Pessoas tem a capacidade de decidirem ser a presa ou o leão/a leoa (dominador(a) de sua própria história). Duas representações tão diferentes e tão diversas do homem no seu âmago mais íntimo: a presa e o predador.
Quando querem que coloquemos em nossas cabeças que devemos amar primeiro aos outros, depois a nós, a impressão que temos é que o “eu” (amor próprio) está em terceiro lugar, de que primeiro sacio as necessidades do(s) “outro(s)”, depois a minha. O questionamento que se faz em torno de tal perspectiva é que: se a vida é minha, qual a razão de eu ter que ser submissa e suprir primeiro as necessidades do(s) outro(s), depois a minha. O fato é que o “eu” parece sempre estar em terceiro lugar.
O ponto que estou querendo chegar é dizer que a submissão/servidão é mais uma questão ideológica e cultural, sociedades evoluem, pessoas precisavam evoluir, tanto para o bem quanto para o mal, pois tudo depende do que entendemos como bom e/ou mal. O interessante é tentar observar o quanto isso influencia em nossa vida pessoal/profissional ao longo dos anos, pois acabamos nos reprimindo, tendo dificuldade para nos comunicar com os outros, ocultando nosso real potencial em prol de tal idealismo. Isso me parece mais um jogo para amainar e impor o conformismo e a mesmice ao homem, pois caso você não lute pelo que você de fato queira, outro ocupará a cadeira, o seu espaço e o seu lugar num futuro próximo que você, de fato, nem sequer lutou para conquistar. Já dizia uma professora minha de graduação que não pretendo citar o nome: “se você não luta, é menos um concorrente pra mim no futuro”. Eis o grande motivo da luta desenfreada contra o tempo e contra todos, onde acabamos por acreditar que ser o primeiro é sempre o melhor, mas não, todos nós um dia na vida somos vencedores e fracassados, tudo depende do momento pelo qual passamos, o fato é que, depois de alcançar o sucesso, nem sempre estamos preparados para o fracasso, o que não é anormal, pois é mais fácil para o homem aceitar o sucesso que o seu próprio fracasso, citemos então casos e casos de suicídios.
Pensar que somos seres inferiores a outros seria o mais fiel retrato do autoflagelo, uma vez que nos inferiorizando estamos nos degradando, nos diminuindo. O fato é que cada um é dono de sua própria história e de sua vida, cabe a nós escolher o que de fato fazer com ela.
Por isso, veja a necessidade do: amar-se mais, querer-se mais, de ver você mesmo como o Deus único de sua própria história, seus caminhos é você quem escolhe, você é seu próprio Deus. Temos a grande necessidade de se auto-superar, mas quando falo se auto-superar não quero dizer somente no ramo profissional, mas na evolução de nosso próprio ser.
Portanto, ame-se primeiro, depois aos outros, seja você o Deus único de sua própria história.



Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 30 de setembro de 2015.