O amor é um dos
sentimentos mais sublimes já cultivados pelo ser humano, o amor é uma semente
que contagia, que une, que liberta, que aproxima e que separa. Como todo
sentimento, o amor nasce, floresce e um dia pode morrer, sim, todos nós um dia
morreremos, o amor também morre. Logo, o amor, está acima de todo e qualquer
sentimento, porque ele é como a águia, ele morre, mas renasce das cinzas, do
nada. O amor está presente no sorriso,
na história, no sonho, no encanto da vida, nas palavras não ditas...
Sonhamos com o amor eterno, quando na
verdade eternas são as palavras, não as pessoas. Nascemos, crescremos,
procriamos e morremos, eis o mais belo espetáculo da vida, poder errar,
acertar, evoluir, aprender com seus próprios erros e ter a oportunidade de
reescrever a sua vida, a sua história e o seu destino.
Cada um é dono de seu próprio destino, sua
vida presente é resultado do que você foi ontem, da forma como você tratou, se
comportou e vivenciou com aqueles que estavam ao seu redor. Já diziam psicanalistas e psicólogos: “você é
aquilo que você atrai”! Você tem o poder de aproximar e afastar as pessoas,
tudo depende da forma como você se comporta e do tipo de discurso que você
pronuncia para se dirigir ao “outro”. Talvez esse “outro” não passe, pra você,
nada mais que uma pedra no seu sapato, mas o fato é que o outro existe e que
ele pode influenciar positivamente/negativamente na sua vida. Depende da forma
que você o vê e se dirige a ele.
Somos educados para sermos obedientes, submissos,
a obedecer regras e normas sociais, mas aprendi que há momentos que é preciso
rasgar e romper paradigmas, pois somos nós os únicos donos de nosso próprio
destino, cabe somente a nós escolher qual caminho seguir.
Pessoas definem caminhos como bons e maus,
assim como pessoas, somos educados a fazer julgamentos alheios e, nem sempre,
nos educam para sabermos avaliar e julgar quem realmente somos. Já dizia o
ditado: “a vida do vizinho é sempre melhor”, ou seja, quando olhamos para a
vida alheia nem sequer observamos que eles, assim como nós, tem problemas,
frustrações, motivos e razões para chorar, contas a pagar, etc., eis o fato de
apontar o dedo para o próximo ser mais fácil que para nós mesmos.
Nossa cultura machista vem para
auto-afirmar ainda mais a noção de que primeiro devemos amar, sermos submissos
e servir aos outros. Porém, creio que a maior submissão e servidão do
homem/mulher estão em nosso inconsciente, pois a maior escravidão de todos os
tempos é a da mente, não a braçal. Pessoas mentalmente dominadas são mais
fáceis de manipular, eis o grande dilema do homem/mulher: ser a presa ou a
leoa/ o leão. Um grande rebanho de “cordeirinhos” seria um bom “aperitivo” para
um leão/uma leoa, daria para o predador “jantar” várias vezes no mês.
Eis o jantar, se bem servido, um bom
aperitivo, dá pra saciar a fome do leão/da leoa. Se pessoas deixam de ser a
presa, o predador dorme com fome, não se sustenta, eis a necessidade de
controle de o predador querer manter a presa sob seu domínio. Pessoas tem a
capacidade de decidirem ser a presa ou o leão/a leoa (dominador(a) de sua
própria história). Duas representações tão diferentes e tão diversas do homem
no seu âmago mais íntimo: a presa e o predador.
Quando querem que coloquemos em nossas
cabeças que devemos amar primeiro aos outros, depois a nós, a impressão que
temos é que o “eu” (amor próprio) está em terceiro lugar, de que primeiro sacio
as necessidades do(s) “outro(s)”, depois a minha. O questionamento que se faz
em torno de tal perspectiva é que: se a vida é minha, qual a razão de eu ter
que ser submissa e suprir primeiro as necessidades do(s) outro(s), depois a
minha. O fato é que o “eu” parece sempre estar em terceiro lugar.
O ponto que estou querendo chegar é dizer
que a submissão/servidão é mais uma questão ideológica e cultural, sociedades
evoluem, pessoas precisavam evoluir, tanto para o bem quanto para o mal, pois
tudo depende do que entendemos como bom e/ou mal. O interessante é tentar
observar o quanto isso influencia em nossa vida pessoal/profissional ao longo
dos anos, pois acabamos nos reprimindo, tendo dificuldade para nos comunicar com
os outros, ocultando nosso real potencial em prol de tal idealismo. Isso me
parece mais um jogo para amainar e impor o conformismo e a mesmice ao homem,
pois caso você não lute pelo que você de fato queira, outro ocupará a cadeira, o
seu espaço e o seu lugar num futuro próximo que você, de fato, nem sequer lutou
para conquistar. Já dizia uma professora minha de graduação que não pretendo
citar o nome: “se você não luta, é menos um concorrente pra mim no futuro”. Eis
o grande motivo da luta desenfreada contra o tempo e contra todos, onde
acabamos por acreditar que ser o primeiro é sempre o melhor, mas não, todos nós
um dia na vida somos vencedores e fracassados, tudo depende do momento pelo
qual passamos, o fato é que, depois de alcançar o sucesso, nem sempre estamos
preparados para o fracasso, o que não é anormal, pois é mais fácil para o homem
aceitar o sucesso que o seu próprio fracasso, citemos então casos e casos de
suicídios.
Pensar que somos seres inferiores a outros
seria o mais fiel retrato do autoflagelo, uma vez que nos inferiorizando estamos
nos degradando, nos diminuindo. O fato é que cada um é dono de sua própria
história e de sua vida, cabe a nós escolher o que de fato fazer com ela.
Por isso, veja a necessidade do: amar-se
mais, querer-se mais, de ver você mesmo como o Deus único de sua própria
história, seus caminhos é você quem escolhe, você é seu próprio Deus. Temos a
grande necessidade de se auto-superar, mas quando falo se auto-superar não
quero dizer somente no ramo profissional, mas na evolução de nosso próprio ser.
Portanto, ame-se primeiro, depois aos
outros, seja você o Deus único de sua própria história.
Andréia Franco
Aparecida de Goiânia, 30 de setembro de
2015.