Há pessoas
que nos avaliam
Como se
fôssemos produtos numa prateleira
Esse é bom,
esse é ruim, esse é péssimo, esse é amargo, o outro é doce.
O problema é
que você também é avaliado pela marca que você vende
Se o terno é
de grife, se a roupa é de marca, se o carro é do ano.
Quando você
perde a sua marca as pessoas que estão ao seu redor
Por causa
dela também se vão como água se escorre pelo ralo
Aí você
perdeu tanto tempo julgando as pessoas pela marca
Que elas
vendiam que não viu que os anos se passaram,
Pois a sua
marca também viria a se desbotar um dia.
O tempo
passou
Os sonhos da
donzela se descoloriram
Por falta de
algo que já não faz mais sentido
A sua marca
se desbotou,
Não há como
retroceder e reparar os danos causados
Por coisas
que já não tem mais valor
O tempo
passou
A flor
murchou
O pássaro
perdeu a voz
Porque já não
conseguira mais cantar
José, e
agora?
Tu se
preocupou tanto em julgar as pessoas pela marca
Que elas
vendiam e viras tua própria marca
Se desbotar
E agora, José?
A idade chegou
O sonho acabou
A porta fechou
José, e agora?
Que fazer se o sol já não brilha
Se a tua voz já não canta
E agora?
Deixara teus sonhos de lado
Para viver num mundo que na verdade nunca te pertenceu
José, e agora?
Te julgaram pelo rótulo
Teu rótulo quebrou
Tua casa faliu
Tua flor murchou
E agora, José?
Olhar na janela para ver o tempo passar
Sentar na cadeira para ver o dia que seu bonde virá
José, e agora?
Andréia Franco
Andréia Franco
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