sexta-feira, 15 de abril de 2016

Perdi, mas não foi fracasso!





      Venho hoje neste singelo blog tratar de um tema que faz o indivíduo se sentir frustrado, culpado e incapaz: a sensação de fracasso.
      Um dos problemas do ser humano é querer assumir as rédeas da vida alheia, sem ao menos permiti-lo escolher o que ele de fato quer para sua vida e seu futuro. Está mais que provado que limites devem ser impostos em se tratando de relações, pois projetamos no outro o que nunca fomos ou conseguimos alcançar.
      Desse modo, sufocamos o outro com uma série de cobranças, expectativas, acusações, uma pressão psicológica que o sufoca e oprime, já que caso ele sinta que não atendeu tais expectativas, ele se martiriza e sente que o fracasso bateu à porta.  Sim, o fracasso bateu à porta, trazendo consigo uma série de sentimentos ruins, como o de incapacidade, frustração, de perda, etc., de fato, um verdadeiro turbilhão de emoções que mais deixam um sujeito doente que ajudam alguma coisa.
      Não é à toa que uma das doenças mais comuns do mundo moderno seja a depressão, pois as pessoas ao não conseguirem alcançar as expectativas projetadas pelo outro se deprimem e se autoflagelam, dando margem a uma série de pensamentos e sentimentos ruins que, aos poucos, vai matando sua autoestima, seu sorriso, sua esperança, enfim, tudo que alimenta sua alma e lhe dá vida e estímulo para viver. Para afirmar isso, cito a seguinte frase: “quando a alma sofre o corpo padece”.
      Nossa vida psíquica influencia na saúde de nosso corpo, uma mente doente fragiliza nosso corpo a ponto de torna-lo também doente. Isso significa, indiretamente, que ao projetarmos tantas expectativas no outro estamos contribuindo para a formação de uma geração psicologicamente doente. Sim, foi isso mesmo que eu disse, nosso corpo começa a assimilar tais discursos a ponto de acreditar que, de fato, não é capaz, que não passa de um indivíduo frustrado, que nada vai dar certo e que seus objetivos nunca serão alcançados.
      Costumo dizer que a mente humana é uma caixinha que guarda coisas boas e ruins, quando ela tem mais coisas ruins o corpo começa a adoecer, a ponto muitas vezes de não querer mais viver. Daí o seu excesso de projeção virou frustração, pois você projetou tantas  coisas fabulosas no outro a ponto de deixa-lo doente. Escrevo esse texto hoje como um alerta, para dizer que as palavras tem poder, seja para o bem ou para o mal, incorporamos e assimilamos a energia alheia. Falo isso em razão do caos que vem se tornando o mundo onde as pessoas sofrem pelos mais diferentes motivos, seja por falta de dinheiro, de emprego, pressão no trabalho, estresse, desilusão amorosa, etc.
      Não se autoflagele, seja seu próprio Deus, o único capaz e suficiente de mudar sua própria vida, vá ver o pôr do sol no entardecer, dê mais importância a relações reais, faça passeios, viagens, comece a colorir sua vida para que seus problemas possam ser superados.
      Não se culpe pelo que não aconteceu, é preciso aprender a perder e a ganhar, as coisas acontecem ou deixam de acontecer por um motivo, e esse motivo se chama destino.
      Deixo aqui o meu abraço, até a próxima e obrigada.

Andréia Franco
15/04/2016.



2 comentários:

  1. Muio bom, tua escrita está mais refinada e, realmente, é isto mesmo. E acho que acabamos padecendo tanto por um desses "fracassos" que não fazemos muito outras coisas significativas.

    ResponderExcluir
  2. "...uma mente doente fragiliza nosso corpo a ponto de torna-lo também doente." Claro, a maioria de nossas doenças são psíquicas. Muito bem lembrado.

    ResponderExcluir

Fiquem todos à vontade para nos visitar e deixar o seu comentário. Visite também o meu blog: http://blogdaandreiafranco.blogspot.com.br/. Caso queira entrar em contato comigo me envie um e-mail para: andreiafranco.aia@gmail.com. A todos um bom dia. Abraços.