Resolvi escrever
hoje esse texto para que nossas mulheres estejam cientes e acordem para a força
que emana de dentro delas, de modo que podemos citar dois tipos de força
humana: a interior e a exterior.
Ideologicamente,
o homem é representado enquanto indivíduo detentor de uma força “máscula” que
surpreende até mesmo o mais leigo dos humanos, pois se constrói verdadeiros
monumentos, obras de arte, etc.. Ressaltemos também a participação da mulher
nessa sociedade que temos hoje, pois muitas delas deram suas vidas a
determinadas causas, seja no lar, no trabalho, na faculdade, etc. Portanto,
vale a pena dizer que um sexo não é melhor que o outro, mas que participam de
formas distintas dentro da sociedade.
Equiparando
as duas balanças, fica mais fácil compreender que: “- Frágil é quem pensa que
mulher é frágil!”, já que o discurso do dominador demonstra e reconhece certa “dependência”
da personagem feminina na sua vida, pois necessita tê-la sobre seu controle. Então,
“beijinho no ombro pra elas”, os recalcados que se cuidem, “mulher na direção,
tranquilidade constante”.
Vamos
entender que a fragilidade é uma qualidade inerente a qualquer ser humano, já
que todos nós, em determinados momentos de nossas vidas, nos tornamos frágeis,
não é à toa que sentimos dor, choramos, reclamamos, ficamos doentes, etc. Em
razão disso, deixemos de lado a noção de
que somente a mulher é frágil, porque quem diz isso é, de fato, porque acredita no seu potencial, mas que
entende que tal capacidade precisa ser “freada”, uma vez que o dominador
precisa fazer a sua vítima entender que, além de frágil, ela é incapaz de se
auto prover sozinha, pois ela precisa acreditar nisso, do contrário fugirá do
controle do dominador.
Narrativas
sutis, mas que não deixam de serem instrumentos de manipulação em massa, para
dizer que a mulher, enquanto ser indefeso e frágil, precisa viver sobre a “proteção”
do sexo oposto. Não vou me manifestar aqui contra ou a favor, pois a verdade é
que cada um de nós somos donos de nossa própria vida e responsável por nossas escolhas,
mas o fato é que acabamos por nos tornar “fruto” dessa manipulação em massa,
acreditando que o príncipe encantado existe, que a vida pode ser “um verdadeiro
paraíso”, que a caverna é o melhor lugar para se habitar, etc. Eis a ilusão que
tanto nos acompanha e paira em nossas mentes.
Com
isso, parte de nossa vida é “jogada” pela janela, pois dentro de uma “caverna”
você tem medo de ir ao encontro do desconhecido porque simplesmente disseram
pra você que o desconhecido é um universo perigoso, que você é frágil e
indefesa, precisa estar sobre a “proteção” do dominador. Assim, você ficará à
disposição do dominador, não terá vida própria, pois você acredita que depende
dele para se manter e que é incapaz de viver sozinha. Eis a ideologia, os
paradigmas que mais assaltam nossas vidas, pois o tempo passa, a vida passa, os
anos passam e, depois de muito servir a “interesses alheios”, percebe que o
tempo passou, que suas mãos já estão calejadas, que você virou descartável
porque simplesmente seus cabelos ficaram brancos e o gosto do manipulador mudou.
Isso faz você se sentir mais uma “mercadoria” que propriamente um ser humano.
Você não sabe onde “errou”, quando na verdade seu maior erro foi acreditar que
você nunca seria capaz de determinadas coisas (como viajar, estudar, trabalhar,
etc.), de sair da caverna que você criou em torno de si mesma.
As histórias
em quadrinhos geralmente contam as princesas usando sapatinhos de cristal, mas
não mostram que esses sapatinhos ficam velhos, que os príncipes ficam rabugentos
e as princesas também, que o sempre do: “felizes para sempre” sempre tem um fim.
Vida a gente só tem uma, oportunidades às vezes só uma, não desperdicem
determinadas oportunidades de suas vidas, pois as portas, assim como elas se
abrem, elas também se fecham, lágrimas um dia secam, pés no chão.
Se
no mundo não existem direitos iguais é porque as leis foram criadas para
beneficiar uns em detrimento de outros. Então mulheres, lutem porque conquista
se ganha com luta e persistência, mar de rosas só existe em jardins que, depois
de um longo trecho caminhado, as rosas ficam para trás, dando espaço para um
solo quente, áspero e rústico.
Deixo
aqui o meu abraço, meu carinho e eterna admiração a essas mulheres que tanto
nos ajudam a levantar esta nação.
Saudações.
Andréia Franco
Jornalista (MTB 3409/GO)
12/03/2016.
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