Os momentos se vão
As horas se passam
Me ponho a me entreter
Com poesias e coisas inúteis
O ponteiro do relógio não pára
Agora é dia, depois chega a noite
As horas se vão
Um momento... uma imagem...
Uma lembrança guardada numa só
Fotografia...
E o relógio toca: toc... toc...
Preciso dormir... levantar... acordar...
Ir pra escola... fazer as tarefas...
Preciso dormir... descansar...
Mais um dia... mais uma noite...
O ponteiro do relógio não pára de correr
É preciso controlar as horas
Para não deixá-las passar em branco
Branco estava aquele papel que
Resolvi compor a minha fotografia
Nela guardei tudo o que foi bom... o
Que foi ruim deixei de lado...
Ser feliz é mais importante
Que viver de memórias tristes...
Em meus papéis
Sempre haverá um papel em branco
Para que eu possa desenhar nele
Uma nova história... um novo dia...
Uma nova noite... Uma nova história
Que ficará guardada numa única
E só fotografia...
Vamos... vamos... vamos correr com
O tempo... Não... não posso...
Preciso parar um pouco... dar um
Bom dia pro vizinho... um beijinho
Em minhas crianças porque um
Dia o mundo poderá fechar as suas
Portas pra mim...
Neste dia... não haverá mais
Caminhos ou descaminhos...
Simplesmente... haverá uma opção: a morte.
O que fica?
A única e bela lembrança
Que ficará guardada numa única e só fotografia...
Andréia Franco
Obs.: poesia publicada na III Antologia da revista Horizon Literar Contemporan. Para ver a lista completa dos escritores participantes acesso o link: shttp://contemporaryhorizon.blogspot.com.br/2013/03/contemporary-literary-horizon-no-1.html#links
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